Sem saúde financeira, seria impossível garantir o bem-estar geral e a estabilidade econômica.
Manter as finanças em ordem não apenas reduz o estresse associado a preocupações materiais, como permite enfrentar imprevistos sem comprometer o equilíbrio financeiro.
É também uma condição para a aquisição de bens, como a compra de uma casa ou de um carro.Assim como precisamos cuidar do corpo para ter vigor e disposição, cuidar da saúde financeira é imprescindível para manter a subsistência.
Também é uma maneira de honrar os compromissos assumidos perante a família, credores, bancos e instituições financeiras com quem contraímos dívidas.
Sem saúde no aspecto material, é impossível ter uma vida plena de realizações, embora isso não signifique que a pessoa precise ser rica para ter qualidade de vida.
Entenda o que é ser saudável financeiramente lendo este texto até o fim e saiba como fazer o melhor uso do seu dinheiro, mesmo que a grana esteja curta.
O que é saúde financeira?
A saúde financeira pode ser interpretada como a estabilidade e o equilíbrio das finanças pessoais.
Indica a capacidade de gerenciar despesas, pagar dívidas, manter uma reserva para emergências e alcançar metas.
Uma situação financeira saudável implica a gestão do orçamento, dívidas controladas ou inexistentes, investimentos acertados e planejamento para o futuro.
Por isso, manter a saúde financeira proporciona segurança econômica, reduzindo o estresse relacionado a finanças, além de viabilizar objetivos, contribuindo para uma vida financeira sem sustos.
Uma pessoa saudável na parte financeira pode decidir com mais liberdade o que fazer da própria vida, considerando a independência financeira de que usufrui.
Sem contar que, com as finanças em dia, os relacionamentos tornam-se mais saudáveis, aumentando ainda mais a capacidade de resistir a crises econômicas.
O que é considerado saúde financeira?
Considera-se financeiramente saudável a pessoa que consegue gerenciar suas despesas continuamente, pagando dívidas de forma sustentável e acumulando uma reserva para emergências.
As pessoas com saúde financeira são mais capazes de atingir metas financeiras sem comprometer o bem-estar material no longo prazo.
Nesse contexto, são elementos-chave que contribuem para a saúde financeira global a manutenção de um orçamento equilibrado.
Como melhorar a saúde financeira em 10 passos
Levando em conta que 60,1% da população brasileira vive com até um salário mínimo per capita, toda medida que ajude a economizar e fazer bom uso do dinheiro é muito bem-vinda.
Na verdade, em um cenário de rendimentos limitados, garantir a saúde financeira é por si só um desafio.
De qualquer forma, é perfeitamente possível levar uma vida com relativa estabilidade, mesmo que o salário não seja alto.
Tudo vai depender da disciplina aplicada aos seus gastos e da forma como você gerencia seus pagamentos e receitas.
É isso que vamos mostrar como fazer a seguir, em 10 passos que vão ajudar a controlar melhor o seu fluxo de caixa pessoal.
1. Elabore um orçamento
No aspecto financeiro, as famílias são como empresas, com seus gastos e receitas.
Por isso, elas precisam contar com um orçamento, que nada mais é do que registro meticuloso de receitas e despesas.
Com um orçamento familiar bem definido, ganha-se maior compreensão e controle sobre os gastos.
A montagem do orçamento começa pela listagem das despesas e ganhos mensais.
Já as despesas devem ser divididas em fixas e variáveis.
Assim, você começa a ganhar uma visão mais clara das finanças, permitindo ajustes conforme necessário, além de facilitar suas decisões para atingir metas financeiras no curto e longo prazo.
2. Crie uma reserva de emergência
Dez entre dez consultores financeiros aconselham a formação de uma reserva prudente.
Essa é uma das condições para a estabilidade financeira, normalmente sendo indicada uma reserva equivalente entre 3 a 6 meses de despesas.
Com esse capital de reserva, você terá mais segurança em momentos inesperados, como perda de emprego ou despesas médicas de urgência.
Além disso, ao poupar com regularidade, você cria uma rede de proteção financeira, diminuindo a necessidade de recorrer a empréstimos.
3. Reduza dívidas
Não se pode esperar uma vida financeira estável enquanto as dívidas nos perseguem.
Por isso, a redução de dívidas deve ser uma prioridade, concentrando-se em saldar as obrigações financeiras de alto custo, como cartões de crédito.
Considere estratégias de consolidação para simplificar pagamentos e diminuir encargos ou mesmo a novação de dívida, como já explicamos por aqui.
Como vantagem, você alivia a pressão financeira e economiza em juros para gradualmente recuperar sua estabilidade.
Para isso, estabeleça um plano claro, comprometendo-se com os pagamentos, até para evitar o superendividamento causado pelos juros sobre juros.
4. Invista sempre
Com a reforma da previdência, ficou mais difícil esperar uma aposentadoria tranquila e confortável.
Uma solução para isso é investir em ativos que gerem rendimentos extras no futuro mais distante.
Outro bom motivo para investir é garantir uma renda adicional, embora isso possa implicar certos riscos.
Por isso, é fundamental compreender seu perfil de investidor para definir metas e diversificar os investimentos com inteligência.
5. Estabeleça metas
Nada pior para as finanças do que viver sem uma orientação quanto ao uso do dinheiro.
Uma maneira de evitar isso é trabalhar com metas, que podem ser diárias, semanais, mensais e anuais.
Você pode, por exemplo, poupar para ter uma reserva de emergência, quitar dívidas ou investir para a aposentadoria.
Essas metas dão direção ao seu orçamento, ajudando a manter o foco nas prioridades, mantendo a disciplina financeira.
Periodicamente, revise e ajuste essas metas para adaptá-las às circunstâncias e garantir que sua trajetória financeira esteja alinhada com suas aspirações.
6. Esteja sempre bem informado
Para tomar decisões com maior margem de acerto é preciso estar bem informado e educado sobre finanças.
Com o tempo e a prática, você passará a compreender melhor o orçamento pessoal e familiar, podendo assim direcionar melhor seus gastos.
Uma forma prática e gratuita de se informar sobre finanças pessoais é ler os artigos publicados aqui no blog da Adimplere.
7. Negocie dívidas
Quem está com o nome negativado precisa encontrar meios de aliviar os juros que incidem sem parar sobre as dívidas.
A melhor maneira de fazer isso é tomar a iniciativa de negociar com os credores, diretamente ou por meio de portais de negociação.
Em certos casos, você verá que alguns credores já têm até ofertas e planos já prontos, esperando por você.
Lembrando que negociar dívidas não apenas reduz custos, mas também libera recursos financeiros para outras prioridades, contribuindo para um orçamento mais equilibrado.
8. Aumente a renda
Por mais que a negociação ajude, o ideal é ganhar mais para ter tranquilidade na parte material.
O mercado está cheio de oportunidades para quem tem disposição e não tem medo de encarar o desafio de trabalhar um pouco mais para ter conforto.
Considere também oportunidades de crescimento profissional, como cursos ou certificações, que possam levar a eventuais aumentos no seu salário.
9. Proteja-se financeiramente
Um dos motivos que podem levar uma pessoa a perder sua saúde financeira é ter que lidar com grandes gastos extemporâneos.
Para evitar que isso aconteça, vale contar com um seguro, como os de saúde, vida e propriedade.
Na hora do aperto, são as apólices que vão mitigar despesas inesperadas, como custos médicos, imprevistos na propriedade ou eventos que afetem a estabilidade financeira.
Agindo preventivamente, você fortalece a segurança material, criando uma rede de proteção contra situações imprevistas e preservando o equilíbrio econômico no longo prazo.
10. Planeje a aposentadoria
A reforma da previdência reduziu os valores das aposentadorias pagas pelo INSS.
Dessa forma, é preciso pensar o quanto antes em uma maneira de garantir que, na melhor idade, você tenha uma fonte de renda para manter seu padrão de vida.
Isso vale inclusive para os que pretendem continuar trabalhando, afinal, nunca se sabe o que pode acontecer.
Assim, você assegurará estabilidade financeira durante a fase pós-laboral, garantindo um fluxo de renda consistente.
Planejando desde cedo, você ainda maximiza os juros compostos, multiplicando sua renda ao se aposentar.
O que é prejudicial para sua saúde financeira?
Da mesma forma que para ter saúde física e mental precisamos evitar o excesso de colesterol e o estresse, para a parte financeira há práticas que precisam ser abandonadas.
O hábito de estar sempre endividado, que nasce dos gastos impulsivos, é um bom começo nesse sentido.
É preciso também habituar-se a trabalhar com um orçamento, de modo que os gastos mensais possam ser previstos e controlados.
Ao fazer compras, é preciso ter atenção às taxas de juros, especialmente em dívidas de cartão de crédito, que geram encargos financeiros cumulativos.
Como pagar dívidas com desconto e melhorar sua saúde financeira
Quem perde o controle sobre as próprias finanças é sério candidato a ver sua saúde financeira piorar.
Se isso acontece, a melhor solução é buscar quitar as dívidas o quanto antes, a fim de evitar o endividamento causado pelo acúmulo de juros e encargos.
A negociação é o caminho mais indicado para reduzir o impacto das dívidas sobre o orçamento mensal.
Para isso, você pode contar com o portal de negociação da Adimplere, onde é possível encontrar todos os seus débitos negativados em um só lugar.