Uma boa relação entre credor e devedor depende quase sempre da pontualidade e disposição de pagar por parte de quem deve.
É verdade que existem cobranças abusivas, mas a própria cobrança não seria necessária se a pessoa estivesse em dia com seus pagamentos, certo?
Leia este artigo com atenção até o final para entender a natureza desse relacionamento e de que maneira cada uma das partes é vista perante os olhos da lei.
Aproveite e aprenda também como não ser um devedor, controlando melhor seu orçamento.
O que é credor e devedor?
Em termos econômicos, credor e devedor nada mais são do que as duas partes envolvidas em uma relação de compra e venda.
Vamos ver na sequência o papel de cada uma nesse contexto.
O que é credor?
Credor vem do verbo “crer”, que etimologicamente tem sua origem no latim “credere”, ou seja, confiar, desejar, fiar, acreditar.
Quando uma pessoa empresta algo a alguém, torna-se uma credora, exatamente por estar acreditando que a outra parte vai devolver aquilo que lhe foi tomado provisoriamente.
No nível pessoal, um credor pode emprestar sem exigir ou esperar nada em troca.
Seria o caso, por exemplo, de um pai que empresta seu carro para o filho ou um amigo que toma dinheiro emprestado sem a exigência de devolução ou cobrança de juros.
Ou, como normalmente acontece, o credor pode determinar uma contrapartida pelo bem ou quantia tomada.
Essa contraprestação pode ser na forma de uma taxa, como acontece nos contratos de aluguel, ou de juros, como se faz nos empréstimos financeiros.
O que é devedor?
Credor e devedor são dois lados de uma mesma moeda.
Não surpreende, portanto, que dever venha do latim “debere”, termo parecido com “credere”.
Enquanto o credor tem a receber, o devedor, no extremo oposto da relação, tem algo a pagar.
Vale salientar que ser um devedor não é a mesma coisa que ser inadimplente.
Imagine um pai divorciado que tem por obrigação pagar pensão alimentícia.
Mesmo estando em dia, ele continuará sendo devedor dessa obrigação até que o filho atinja a maioridade.
Se por algum motivo ele cessar os pagamentos, permanecendo sem pagar, aí se torna não apenas um devedor, mas um inadimplente.
Assim acontece nas outras relações de consumo, em que todos podemos ser devedores a partir do momento em que contraímos uma dívida, passando para inadimplentes quando deixamos de honrá-las em dia.
Credor e devedor no Direito Civil
O vínculo entre credor e devedor se forma a partir do momento em que uma parte se compromete a dar algo para outra.
O Código Civil (CC) brasileiro prevê uma série de circunstâncias nesse sentido entre os artigos nº 233 e nº 242.
O 233 é bastante claro em relação à natureza da obrigação de dar:
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.
Exemplos de credores e devedores
Como vimos, o elo entre credor e devedor pode se estabelecer de diferentes formas.
Uma pessoa que abre um financiamento para a aquisição de um imóvel passa a dever para a financeira que avalizou a transação.
O mesmo acontece com quem compra um veículo a prazo, tipo de compra em que o bem é pago em prestações mensais.
Os empréstimos em geral também dão origem à relação credor e devedor.
A diferença é que, em vez de prestações mensais, ao valor a ser pago são acrescidos juros.
Como deixar de ser devedor?
Na prática, todos nós somos devedores até o fim da vida, já que estamos sempre tendo que lidar com algum tipo de conta ou consumo.
Por outro lado, isso não quer dizer que precisamos nos tornar devedores crônicos ou endividados.
Veja a seguir como evitar isso.
1. Planeje suas finanças
A melhor maneira de manter as dívidas sob controle é planejar-se financeiramente, listando as despesas e receitas para que as contas fechem todo mês.
2. Controle seu fluxo de caixa
Outro método de controle é o fluxo de caixa pessoal, em que todo dinheiro que entra e sai é registrado, permitindo assim manter o orçamento estável.
3. Use o crédito com critério
Um dos principais motivos para a inadimplência é o mau uso do crédito.
Por isso, só utilize esta modalidade em casos especiais, emergências ou com planejamento.
Porém, se você já está endividado ou com o CPF negativado, nós temos uma solução.