O pagamento mínimo da fatura pode parecer atrativo quando falta dinheiro para quitar o valor total, mas é preciso ter cuidado com essa opção.
Sempre que você pagar um valor inferior ao total lançado, o restante será jogado para frente com acréscimo de juros e impostos – e não são juros baratos, já que estamos falando do crédito rotativo.
Por isso, vamos entender melhor como funciona o pagamento mínimo e o rotativo, além de compará-lo com o parcelamento da fatura.
Continue lendo para entender qual é a opção mais vantajosa.
O que é pagamento mínimo da fatura?
Pagamento mínimo da fatura é o menor valor que pode ser pago para não ficar com a fatura do cartão de crédito atrasada.
As instituições financeiras oferecem essa opção para que o consumidor não fique inadimplente quando não tem o valor total disponível.
No entanto, é preciso ter atenção com qualquer pagamento abaixo do valor total da fatura, pois o valor que faltar entrará no chamado crédito rotativo.
Dessa forma, o pagamento mínimo da fatura é uma saída para evitar a situação de inadimplência, mas tem como consequência o pagamento de juros altos na próxima fatura do cartão de crédito.
Como funciona o pagamento mínimo da fatura?
O pagamento mínimo da fatura funciona como uma contratação de crédito automática, em que o cliente lança o valor faltante para o próximo mês e arca com os juros cobrados.
Dessa forma, quando um consumidor paga qualquer valor entre o mínimo e o total, o que falta é lançado na fatura seguinte com o acréscimo de juros e impostos, na modalidade de crédito rotativo.
A questão é que o rotativo tem uma das taxas de juros mais altas do mercado, ultrapassando facilmente os 400% ao ano.
Sim, são valores absurdos.
Por isso, é preciso analisar se vale a pena o pagamento mínimo ou de outro valor que não seja o total da fatura do cartão de crédito.
Como calcular o pagamento mínimo da fatura?
Na fatura do cartão de crédito, o pagamento mínimo é informado em um campo específico.
De modo geral, o valor mínimo é de 15% do valor total gasto, mas as instituições financeiras podem definir outros percentuais conforme suas normas internas.
Então, por exemplo, se você tem uma fatura aberta no valor de R$ 2 mil, o pagamento mínimo será de R$ 300.
No entanto, é permitido pagar qualquer valor entre R$ 300 e R$ 2 mil.
O interessante é sempre pagar o maior valor possível, reduzindo a quantia que será enquadrada no crédito rotativo.
O que acontece se pagar o pagamento mínimo da fatura?
Se você pagar o valor mínimo da fatura, todo o valor restante será cobrado no próximo mês com o acréscimo de juros e impostos.
Nesse caso, é acrescida a taxa de juros do crédito rotativo, que gira em torno de 400% ao ano, mais o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que é de 0,38% + 0,0082% ao dia, limitado a 3%.
No exemplo acima, após o pagamento mínimo de R$ 300, restariam R$ 1,7 mil para o crédito rotativo.
Supondo que o banco cobre 20% ao mês de juros no rotativo, o valor devido saltaria para R$ 2.040 na próxima fatura (sem contar impostos).
Ou seja, apesar da conveniência de pagar o valor mínimo, a dívida aumenta consideravelmente com a contratação automática do crédito rotativo.
Pagamento mínimo ou parcelamento da fatura: o que é melhor?
Parcelar a fatura costuma ser mais vantajoso que pagar o mínimo porque a taxa de juros cobrada é menor.
Desde abril de 2023, o Banco Central determinou que os bancos não podem permitir que clientes fiquem mais do que 30 dias no crédito rotativo, devido aos altos juros.
A partir desse prazo, a instituição precisa oferecer uma opção de parcelamento com juros menores.
Enquanto os juros do crédito rotativo chegam a aproximadamente 400% ao ano, os do parcelamento da fatura batem em cerca de 200% ao ano.
Mesmo assim, ainda é uma taxa de juros alta que deve ser evitada.
Por isso, é indicado recorrer ao parcelamento da fatura de cartão de crédito somente em último caso – e evitar ao máximo o pagamento mínimo para não cair no rotativo.
5 dicas para usar o cartão de crédito sem usar o crédito rotativo
Como vimos, cair no crédito rotativo não é uma boa ideia.
Veja dicas para evitar essa cilada:
1. Conheça os juros do seu cartão
Antes de tudo, você precisa conhecer os juros praticados pela instituição financeira do seu cartão de crédito.
Verifique qual é a taxa do rotativo e também do parcelamento, para não ter surpresas caso precise recorrer a uma dessas opções.
2. Tenha um limite de gastos
O maior erro que você pode cometer é tratar o cartão de crédito como uma “extensão” da sua renda mensal.
Em vez disso, pense no cartão como uma despesa fixa e coloque um limite para os gastos mensais que seja compatível com os seus rendimentos.
Para seguir o teto imposto, é fundamental ter um controle mensal dos seus ganhos e gastos, seja através de uma planilha, um aplicativo ou a forma que você preferir.
3. Parcele com moderação
O parcelamento é um dos maiores vilões do cartão de crédito, pois dá a falsa impressão de estar gastando pouco, mas compromete seu orçamento futuro.
O ideal é que você não comprometa mais do que 30% da sua renda com parcelamentos e prestações.
Então, tenha atenção sobre as compras parceladas e, sempre que possível, passe a compra à vista no crédito ou em poucas vezes.
4. Não tenha muitos cartões de crédito
Quanto mais cartões de crédito você tiver para gerenciar, maior o risco de acabar caindo no rotativo por falta de dinheiro para pagar a fatura.
Por isso, tenha o mínimo possível – de preferência, apenas um.
5. Em último caso, parcele
Se você realmente não tiver condições de pagar o valor total de uma fatura, a saída é pagar o máximo que conseguir à vista e parcelar o restante.
Os juros serão altos, mas pelo menos ainda serão menores do que os do crédito rotativo.
Lembrando que as parcelas deverão ser registradas como despesas fixas no seu planejamento financeiro futuro, evitando que você faça novas dívidas enquanto não finalizar o pagamento.
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