Não há como acabar com as dívidas sem um esforço de mudança.
Segundo estudo divulgado pela Agência Brasil, o endividamento das famílias brasileiras continua altíssimo, em uma taxa de 77,4%.
A pesquisa revela ainda que 18,3% das famílias endividadas declara não ter condições de honrar com os seus débitos.
O que essas pessoas talvez não saibam é que, com alguma disciplina e organização, é possível reverter a escalada do endividamento.
Leia este texto até o final para saber como reencontrar o equilíbrio financeiro e dizer adeus às dívidas de uma vez por todas.
Como acabar com as dívidas em 4 passos
O endividamento é um processo, portanto, da mesma forma que se desenvolve, pode ser contido e revertido.
Depende apenas de a pessoa fazer um movimento no sentido de organizar melhor as suas finanças, assim como de abrir mão de certos hábitos.
Assim como as dívidas não se formam do dia para a noite, a sua quitação demanda algum tempo – e, principalmente, conhecimento.
As pessoas endividadas não conhecem ou não colocam em prática medidas simples de organização financeira pessoal.
Veja a seguir como mudar seus hábitos para reduzir suas dívidas até zerá-las.
1. Faça uma autoavaliação financeira
Quando se trata de dívidas, estaremos sempre lidando com números.
Então, é preciso tomar conhecimento da sua própria situação financeira, calculando o montante devido.
Liste todas as suas dívidas, incluindo o valor, a taxa de juros e os prazos de pagamento eventualmente em aberto.
A partir dessa avaliação, você já terá o que precisa para saber o quanto da sua dívida cabe no atual orçamento.
Assim, poderá priorizar aquelas que podem ser pagas sem muito esforço e deixar para depois aquelas mais volumosas ou para pagamento à vista.
2. Monte um orçamento
O pagamento das dívidas não pode ser feito às custas das despesas básicas e essenciais.
Você precisará encontrar um espaço em seu orçamento mensal que permita arcar com seus custos pessoais e familiares enquanto paga as dívidas.
Para isso, crie um orçamento que leve em consideração sua renda e despesas, identificando áreas onde você pode cortar gastos e direcione o dinheiro poupado para o pagamento das dívidas.
Na montagem do seu orçamento, use o tradicional método contábil das partidas dobradas, listando em uma coluna à esquerda suas despesas e suas receitas à direita.
Faça a soma e veja o saldo resultante sem considerar as dívidas.
Por menos que sobre, veja se consegue alocar parte desse excedente para fazer pagamentos, começando pelos de menor valor.
Faça cortes e ajustes no orçamento até que sobre um valor que permita pagar um mínimo de suas dívidas todo mês.
Não deixe também de, junto ao orçamento, criar um fluxo de caixa para lançar suas despesas e receitas diariamente.
3. Desenvolva um plano de pagamento
A montagem do orçamento já é por si só uma maneira de planejar quanto vai pagar e durante quanto tempo isso será feito.
Mas você precisará ir além.
O ideal, na verdade, é desenvolver um plano de pagamento priorizando suas dívidas conforme as suas possibilidades.
Uma estratégia comum é pagar primeiro as dívidas com as taxas de juros mais altas.
4. Busque negociação
Parte das pessoas que deixam de pagar suas dívidas permanecem inadimplentes por achar que seus débitos são insolúveis.
Essa é a pior decisão que pode ser tomada, já que, para todo devedor, há um credor que quer receber – e portanto, está aberto a negociar.
Por mais crítica que seja sua situação, haverá sempre a possibilidade do diálogo.
E a boa notícia é que você pode negociar sem precisar sair de casa.
Essa é a função dos portais de negociação, um tipo de serviço de gestão de cobrança que vamos apresentar no próximo tópico.
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